Dados Epidemiológicos
Estudos
epidemiológicos relativos a doenças cerebrovasculares, como acidentes
vasculares cerebrais (hemorrágicos e isquêmicos) e a traumatismos crânio-encefálicos
(TCEs) – que podem causar afasias - realizados no Brasil são reconhecidamente
escassos. Inúmeros estudos reconhecem que o aumento da idade é fator de risco
para o AVC (BRASIL, 2011). Polese et al.
(2008) afirmam que o AVC acomete principalmente indivíduos com mais de 50 anos,
sendo que os homens são acometidos 19% mais do que as mulheres. De acordo com
Luna (2013), o AVC, no Brasil, é uma doença que afeta predominantemente idosos.
E no Brasil afeta principalmente mulheres idosas (LIMA et al., 2013).
Segundo
Goulart et al. (2016), “o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um dos mais
importantes problemas de saúde pública da atualidade, constituindo-se uma das
patologias neurológicas de maior prevalência e, ainda, uma das principais
causas de incapacidade temporária ou definitiva. No Brasil, anualmente, são
registradas 68 mil mortes por AVC. Até 70% dos pacientes que têm AVC recebem
alta hospitalar com problemas relacionados à comunicação oral e à incapacidade
funcional residual, fontes geradoras de dependência nas atividades de vida
diária”.
O Ministério da Saúde também registra aproximadamente 68 mil
mortes anuais no país. Já a Sociedade Brasileira de Neurologia afirma que, no
Brasil, são registrados cerca de 100 mil óbitos por AVC anualmente e, que, a cada 5 minutos, morre uma pessoa em
decorrência deste acometimento (CESÁRIO, PENSASSO & OLIVEIRA 2006). A doença é
a principal causa de morte e de incapacidade no país, com grandes impactos
sociais e econômicos. Investir na prevenção é tarefa necessária para garantir a
qualidade de vida e evitar hospitalizações desnecessários (BRASIL, 2002).
Segundo dados do Ministério da Saúde (Brasil), o AVC atinge 16
milhões de pessoas no mundo a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) tem recomendado a adoção de medidas urgentes
para prevenção e tratamento da doença (BRASIL, 2015). Lotufo (2005) afirma que
de todos os países da América Latina, o Brasil é o que apresenta as maiores
taxas de mortalidade devido ao AVC, sendo entre as mulheres a principal causa
de morte. No Brasil o AVC é a principal causa de morte em consequência da
falta de um tratamento uniforme para os pacientes com essa doença, isso se dá
devido aos centros especializados estarem localizados em regiões mais
desenvolvidas como, a região sul e a sudeste do País (PONTES-NETO et al., 2008).
Tópicos
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Conteúdos
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Dados/Fontes/Parâmetros
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AVC
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Número de internações por AVC no Brasil
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8,89 - Taxa de internação: número de
internações por 10.000 habitantes, em 2012, conforme dados do DataSus –
Ministério da Saúde
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Número de mortes por AVC no Brasil
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100.751, em 2011, de acordo com dados do
DataSus – Ministério da Saúde
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Pessoa com deficiência e o mundo do trabalho
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Número de pessoas com deficiência no
Brasil (entre 15 e 64 anos)
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32. 609. 023, de acordo com os dados do
IBGE, 2010
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Número de pessoas com deficiência
formalmente empregadas no Brasil
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418.521, em 2016, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2016 - Ministério do Trabalho |
Dados epidemiológicos podem ser encontrados no site do Ministério da Saúde (http://www.saude.gov.br/sas) e nos sites de associações públicas e privadas voltadas para doenças cerebrais e para atenção à Saúde: »Sociedade brasileira de doenças cerebrovasculares. e Associação Brasil AVC.
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Plano de Reorganização da
Atenção Hipertensão arterial e ao Diabetes mellitus – campanha
nacional de detecção de suspeitos de Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da
Saúde, 21p, 2002.
________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada –
Departamento de Atenção Especializada – Implantando a Linha de Cuidado
do Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Rede de Atenção às Urgências –
2011. 2011. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/sas>. Acesso em: 12
jun. 2018.
________. Acidente Vascular Cerebral. 2012. Disponível em:
<http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-cerebral-avc/>. Acesso em: 12
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________. Ministério da Saúde. Indicadores e Dados Básicos - Brasil – 2012.
2012. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm>. Acesso em: 12
jun. 2018.
________. Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
________. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. 48,
4, 2017. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/fevereiro/17/Indicadores-de-Vigilancia-em-Saude-descritos-segundo-ra--a-cor.pdf. Acesso em: 12 jun.
2018.
CESÁRIO, C. M. M.; PENSASSO, P.; OLIVEIRA, A. P. R. de. Impacto da
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GOULART, B. N. G. de et al. Caracterização de acidente vascular
cerebral com enfoque em distúrbios da comunicação oral em pacientes de um
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LIMA, A. K. G. et al. Perfil dos pacientes com suspeita de AVE
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Fortaleza, CE. Brasil. Disponível em: <http://www. avc2013.com.br>. Acesso
em: 12 jun. 2018. .
LOTUFO, P. A. Stroke in Brazil: a neglected disease. Sao Paulo
Med. J. 123 (1): 3-4, 2005.
LUNA, A. C. P, et al.; Avaliação da capacidade funcional em pacientes
internados em uma unidade de AVC isquêmico no interior do ceará utilizando as
escalas de Barthel e Rankin. In: Congresso Brasileiro de Doenças
Cerebrovasculares, nov. de 2013. Anais de Epidemiologia. Fortaleza, CE.
Brasil. Disponível em: <http://www.avc2013.com.br/>. Acesso em: 12
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POLESE, J. C. et al. Avaliação da
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PONTES-NETO,
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